A ansiedade é uma emoção natural e todo mundo sente em algum momento. Ela aparece quando o cérebro entende que algo pode dar errado, mesmo que o perigo não seja real ou imediato. Um pouco de ansiedade é até saudável , pois ela nos prepara para agir, estudar para uma prova, tomar cuidado ao atravessar a rua. Mas quando essa sensação vira constante e intensa, ela começa a atrapalhar a vida.
Vamos imaginar que a ansiedade é como um alarme de incêndio dentro do seu corpo. Esse alarme foi feito para te proteger, te avisar quando tem algo errado. O problema é que, às vezes, ele dispara mesmo sem fumaça, quando não há perigo. O coração acelera, o corpo fica tenso, o pensamento dispara, e inúmeros sintomas desconfortavéis podem aparecer mesmo quando não há um perigo real.
Esse alarme fica mais sensível com o tempo. E quanto mais você se assusta com ele, mais alto ele toca da próxima vez. É como se o seu cérebro aprendesse a reagir exageradamente a qualquer sinal de preocupação.
Entre os sintomas da ansiedade, alguns são muitos conhecidos e notados, já outros passam despercebidos ou são ignorados. Entre os sintomais mais conhecidos estão: Coração acelerado, respiração curta e ofegante, pensamentos acelerados e preocupações constantes, irritabilidade e cansaço, tensão no corpo e dificuldade para dormir (insônia).
Mais existem outros sintomas impostantes que precisamos avaliar, mas que são muitas vezes ignorados, sequer são associados a ansiedade, como por exemplo: Dores no estômago ou enjoos frequentes, falta de ar leve, que parece “normal”, sensação de aperto no peito, esquecimentos, confusão mental, alergias, procrastinação, dificuldade de realizar tarefas simples, sensação de exaustão, medo exagerado, insegurança persistente, falta de foco, dificuldade de aprendizado… etc.
Às vezes, a pessoa nem percebe que está ansiosa. Só nota que está sempre no limite, com o corpo cansado e a cabeça cheia, o maior problema disso é que quando ela percebe já entrou em um ciclo ansioso, ou já chegou no limite e teve uma crise de ansiedade.
Lembra do alarme que falamos lá no início? Ele foi feito para te proteger, é um benefício.
Mas agora imagine que esse alarme começa a disparar por qualquer motivo: um pão torrando, o vapor do banho, até uma vela acesa, o simples tocar de um telefone, mensagens de whatsapp. Com o tempo, você começa a viver sempre em alerta, esperando que o alarme dispare de novo.
É assim que a ansiedade funciona. Seu cérebro interpreta pequenas preocupações como grandes ameaças. O alarme dispara (batimento acelerado, falta de ar, pensamento confuso, etc), mesmo que não haja perigo real. E quanto mais você se assusta com isso, mais o cérebro entende que aquilo realmente era uma ameaça. E o ciclo recomeça.
A boa notícia? Assim como dá para ajustar a sensibilidade de um alarme, também dá para treinar o seu cérebro a reagir de forma mais tranquila e equilibrada. Técnicas de respiração, questionamento dos pensamentos e atenção ao presente, e muitas outras técnicas científicas podem te ajudar a “reprogramar” essa resposta exagerada.
Você não precisa viver com o alarme tocando o tempo todo.
Vou te ensinar 3 técnicas simples que podem ajudar diante de uma crise de ansiedade:
1. Respiração 4-7-8: Inspire pelo nariz contando até 4, segure o ar por 7 segundos e solte devagar pela boca contando até 8. Repita algumas vezes. Isso ajuda a acalmar o corpo e a mente.
2. Fale com a sua ansiedade: Quando os pensamentos ansiosos vierem, de maneira geral negativos, tente conversar com eles. Pergunte: “Isso é verdade mesmo? Está acontecendo agora? Eu tenho provas concretas disso?”. Questionar ajuda a dar um passo para trás e não acreditar em tudo que a mente diz.
3. Conexão dos 5 sentidos: Olhe ao redor e diga: 5 coisas que você está vendo, 4 coisas que está sentindo no corpo, 3 coisas que pode ouvir, 2 coisas que pode cheirar, 1 coisas que pode sentir o sabor. Isso te traz de volta para o agora e diminui o medo e o ritmo acelerado do pensamento.
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Dra. Débora Rocha
✨ INSTITUTO DÉBORA ROCHA DE PSICOLOGIA